segunda-feira, 26 de abril de 2010

Palavras de meus olhos


Hoje eu só quero falar, falar, falar... E não dizer nada.
Minhas ideias adversas agora entram em conflito
Escrevo para você, escrevo para mim
Mas a veracidade do destino vai além de quaisquer carnes.

Dos outros construo a minha história, de mim, construo minhas ideias
Minhas pretenções adversas agora entram em conflito
Construo a partir do cerne, construo a partir do viver
Mas a veracidade de criar vai além de quaisquer experiências.

Bom é não ter mais palavras, e de ideias alheias, nascer mais uma estrofe:
Quero um amor que eu não tenha que amar;
Quero expirar minhas dores e inspirar os ardores;
Quero me afastar e trazer para perto...

Pertencendo a primeira e terceira pessoas,
Nunca quis tanto tudo, nunca quis tanto nada
Minhas utopias adversas agora entram em conflito
Mas a veracidade do desejo... É desejar que fosse apenas diferente.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Impressão digital - ID


Eu sou uma menina má. Nem sempre fui assim, mas uma vez que a plena inocência me tomava como refém, e a tudo eu amava com cada molécula de meu ser.
Não sou uma pessoa ruim, sou apenas o reflexo perfeito do amor próprio. Eu amo a vida. Eu amo a
minha vida, por amis tudo que ela possa parecer. Eis meu bem mais precioso: Eu. Uma orgia de personalidades, guerreira de minhaas certezas e almejos; Sou a mais racional hedonista, sou fruto do amor, tal qual como do desejo, do prazer. Antônima de mim mesma, possuo as mais adversas ideias, de forma harmônica e sedutora, me trazendo compreensão para com o mundo.

Eu sou quem eu quero ser. Eu sou quem você quiser que eu seja. Serei seu bem, seu mal, mas serei sempre minha, A inocência fôra roubada, levaram-na sem piedade, sem nem mesmo despedida. Por um lado foi bom, pois não tenho mais vendas, agora enxergo todas as cores, e a ausência delas. O lado ruim é que sempre haverá
o lado ruim. Quando você quer ver apenas o lado bom, não há nada que possa cobrir o que no te interessa ver, pois agora os dois, se tornaram um só.

Sou uma menina má. O que quer que a vida tenha feito comigo, esta foi uma decisão minha, e não resultado de quaisquer acontecimentos. É a minha
vida, sou dona de mim; Sou nada mais do que quero ser. Má porque não te amarei sem que me ame; má porque não sofrerei se tentares fazer-me sofrer, sofrerás sem que eu de minha inércia, saia. Má, por ser boa e piedosa, pois dentro de minha individualidade, lamentos alheios me correm, ao ver e sentir tanta hipocrisia. Sinto-me tão mal, ao ver separados os seres dos humanos, que, por sua vez, caberia uma separação apenas na gramática da língua.

Escrava de meus instintos, sou maior e mais forte que qualquer muralha chinesa. Num mundo sem
humanos, o que há de errado em ser apenas má?