quarta-feira, 22 de junho de 2011

Não sei, quero saber, e sou egoísta.

Esboço faces,
astes
trastes
Em folhas de caderno feito a mão, encapado à jacquard.

Belisco meu queijo,
rimo com beijo
termino sem eixo
Girando minha taça, regada a Jacquart.
solidão.
As unhas roídas entregam-me
enquanto tremo meus traços,
desmembrando os pedaços
que envolvo em laços
de fita de seda azul.

Expressões que me tomam
depois das astes, os trastes
do beijo, sem eixo
traçados, e laçados
Só no papel.
engana-me.
Papel de caderno com capa em jacquard.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Do mesmo saco, a mesma receita.


E se eu estivesse lá?
Quem, e o quê me garante que eu faria diferente?

Com os olhos no desconhecido, tudo é fácil... te queria lá, espelho, de couro quente.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ah, que saudade...


Ah, mas que saudade de ser eu!
Perdida entre os desejos dos meus eus,
Adeus;
Me achava em cada colo de esquina
Mudara de identidade, tricotando em linhas finas.

Mil'anos se passara,
Procurara
Odiara
Achara...
-Ou ele me achou?-
... entregando-me o que tomou.

Comigo dentro de mim,
Nada mais podia, do que estar bem feliz;
Enfim.
-Mas e agora, que não pertenço a ninguém?
Eis o lado positivo, também.

-Então, por que me sinto tão triste?
-Pois pertencer à todos, insiste.

Óh livros, silêncio, poesia
Meus berços, minha cria
E ele.

Não insista, não pertenço a mais ninguém.