quinta-feira, 15 de julho de 2010

Limite do Desejo


E voltamos para onde eu pensei ter fugido e me salvado.
Por quantos dias, noites, noites e mais noites... eu implorei e ajoelhei, o quanto eu chorei;
Por tudo que eu mais amei, supliquei jamais passar de novo, o que eu houvera passado.

Não há palavras, não há caminho, não há nada que seu filho possa recorrer
Enquanto ele clama "quero viver!"
"Peço-lhe perdão, meu filho, por tamanha atrocidade. Queria que nada desse errado, mas não conheces a verdade. Não tens culpa da injustiça da vida, voltarás quando tiver a oportunidade."

O amargo contraste doce que saliva em minha boca, demasiado desprazer do homem;
Confiei mais uma vez, no que nos alimenta, enquanto eles, porcos imundos, só comem.
Por um momento, tornei-me minha mãe, tornei-me de quem sou fruto
Tive dó, mas não piedade, sou pobre o bastante até para rimar.

Chega de adiar, vou parar de fugir, tenho que encarar a decepção de ver o "eu" de você, agora
Não vou deixar o que te cobre cair, pois vou segurar, vou tirar antes da hora
Não há com quê se surpreender, sei que era o que eu esperava
Que na verdade nunca esperei, mas compreendi a necessidade do "basta" que desde sempre se encaixava.

Agora eu sei por que não se é maduro mesmo sendo adulto.
Nunca estamos preparados para crescer, porque temos a responsabilidade das decisões;
Não é isso que eu quero, nunca quis que fosse, mas, se você não quer, quem sou eu para querer sozinha?

Retomo a rima para concluir, em outra estrofe, mas não por rimar, e sim pela necessidade do emprego das palavras:
Isso é o que eu quero; Nunca me foi tão desesperador depois de todas as reflexões
Acabar com a farsa de todos os borrões
Destruir na raça, todos os corações
Me livrar d'um fardo em todas as emoções
E viver de verdade, sem todas essas ilusões.

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