sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ah, que saudade...


Ah, mas que saudade de ser eu!
Perdida entre os desejos dos meus eus,
Adeus;
Me achava em cada colo de esquina
Mudara de identidade, tricotando em linhas finas.

Mil'anos se passara,
Procurara
Odiara
Achara...
-Ou ele me achou?-
... entregando-me o que tomou.

Comigo dentro de mim,
Nada mais podia, do que estar bem feliz;
Enfim.
-Mas e agora, que não pertenço a ninguém?
Eis o lado positivo, também.

-Então, por que me sinto tão triste?
-Pois pertencer à todos, insiste.

Óh livros, silêncio, poesia
Meus berços, minha cria
E ele.

Não insista, não pertenço a mais ninguém.

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